Duas
vidas
I
Os versos
que faço agora têm
Uma grande
missão: fazer trazer
À memória a vida de um cidadão
Que gostava de estudar e montar
O seu alazão pra correr atrás de
Boi nas festas de apartação.
II
Falo de um menino pobre, mas
Com muita aspiração. Teve uma
Infância difícil junto com os seus
Onze irmãos era filho de vaqueiro
E morava no
sertão.
III
Ainda muito
pequeno, começou a
Batalhar, trabalhava num balcão
Para a família
ajudar, mas, se
Sobrava um
tempinho corria pra
Estudar, pois o
seu maior desejo
Era um dia se
formar.
IV
Ao completar idade do
menino
Se alistar não
pensou nem duas
Vezes foi logo se
apresentar
Para servir sua
pátria no serviço Militar.
V
Escolheu a aeronáutica para ali
Depositar todas as suas esperanças
De um dia alcançar os altos degraus
Da fama como um grande militar.
VI
Foi soldado, foi
sargento e também
Foi capitão chegou a
ser coronel um
Do mais alto escalão,
mas o que mais
Gostava era pegar boi à mão.
VII
Mas
não foi só nesta área que este menino
Brilhou com muita
eficiência também se
Formou doutor. Como
medico oftalmologista
Ele mostrou o seu
valor.
VIII
Era homem destemido
montado em seu alazão,
Gostava de pegar
boi nas festas de Apartação.
Levava a vida
sorrindo e sem Preocupação.
IX
Mas todos nós já sabemos
que a vida não
É bem assim. Tem seus tempos de
gloria, mais
Tem seus dias ruins. De tudo o que acontece
Só a Deus pertence o seu fim.
X
Depois
de alcançar a fama, ser coronel, ser
Doutor, sofreu um trágico
acidente sua vida
Transformou, mas ficará na
memória de todos
Quanto o amou, Antonio Ferreira
Lopes é
Coronel e doutor.
Alice
Lopes.