sábado, 14 de maio de 2011


Um  Breve  Histórico  da  Família


Raimundo  Ferreira  Lopes
e
Maria José Maia
(Maroca)


Em 03 de junho de 1917, no Sítio Várzea Grande, município de Russas (CE), nascia uma linda criança, para a qual foi escolhido o nome de Maria José Maia, filha do casal José Veríssimo Maia e Maria das Dores Maia. Sob o carinho e proteção do casal crescia e se desenvolvia aquela garota, estudiosa e prendada, tanto auxiliava a mãe na criação dos demais irmãos, como ajudava ao pai na labuta com a agropecuária, pois os filhos homens só vieram mais tarde.
Seu pai era comerciante e costumava dar rancho a comboieiros, ao mesmo tempo era um agropecuarista bem conceituado em Russas e Limoeiro.
A garota Maria José era carinhosamente chamada no seio da família por Maroca e se tornou uma linda moça.
Seu pai costumava fazer algumas festas em casa. Em uma dessas festas trocou olhares e dançou com seu primo, Raimundo Ferreira Lopes, por quem se apaixonou.
Raimundo era sobrinho de José Alves, conhecido repentista da época, que ganhou alcunha de “Mira-Flor”, nome da fazenda onde nascera, no município de Morada Nova. Raimundo tinha o oficio de vaqueiro no qual havia iniciado com a idade de dez anos.
Logo em 1938, aos 21 anos de idade, veio o casamento, de muito gosto das duas famílias.
Foram morar em uma localidade bem próxima chamada Capim Grosso, às margens do Açude Santo Antônio, também conhecido como Açude do Barracão, no município de Russas.
Lá, Maroca teve seus primeiros quatro filhos.
Como o mundo dá muitas voltas, Raimundo Ferreira resolveu voltear.
Primeiro, atendendo a convite de seu irmão Afonso, foi morar em Castanhão, município de Alto Santo. Ainda em Alto Santo morou no Sítio Cabrito, e posteriormente no Olho D’Água dos Currais.
De lá veio para a cidade de Limoeiro.
E Maroca não falhava, cada ano um filho. Nesta pisada teve 13 filhos. Dois morreram, criaram-se 11. Como se não bastasse criou mais um, que é o Juraci Evangelista da Silva.
Mas a peregrinação de Raimundo e Maroca não parou aí.
De Limoeiro foi morar no Sítio Raposo, no município de Morada Nova.
De lá retornou para Limoeiro, na localidade de Várzea das Caraúbas, propriedade do primo João Felício da Costa.
Da Várzea das Caraúbas foi morar no Sítio Danças, também no município de Limoeiro do Norte.
De Danças foi residir no Sítio Espinho, também em Limoeiro, onde teve duas residências. A primeira em propriedade de Antônio Vicente Maia e a segunda em propriedade do Sr. Nonato Nunes.
Do Sítio Espinho foi morar na Fazenda Cajazeiras, no município de Russas, propriedade do Limoeirense Clóvis Malveira.
Da Fazenda Cajazeiras foi para a localidade de Malacacheta, no Sítio Pedras, ainda no município de Russas.
De Malacacheta, Raimundo Ferreira, juntamente com sua família, voltou ao torrão natal, ou seja, para a Fazenda Mira-Flor, no município de Morada Nova, de propriedade de sua genitora, onde o mesmo nasceu e se criou.
A convite de seu irmão mais velho e comerciante bem sucedido na Praça de Limoeiro do Norte, o Sr. José Guilherme Ferreira, Raimundo e Maroca, em setembro de 1953, vieram residir na cidade de Limoeiro do Norte – Ceará.
Primeiramente na casa velha do Sr. Pedro Alves de Freitas, localizada no hoje Bairro Luiz Alves de Freitas.
Em 1963 mudou-se pela última vez para residir no Sítio São Raimundo, também neste município.
Raimundo Ferreira Lopes faleceu em 10 de maio de 1986, aos 74 anos de idade e Maroca comemora hoje, dia 03 de junho de 2007, seus 90 anos de idade.
Durante essa longa vida, Maroca enfrentou altos e baixos, nunca deixando se abater criou e educou seus filhos, a maioria formada.
Hoje Maroca é homenageada por ser uma vencedora, uma heroína e seus 11 filhos, todos vivos, prestam-lhe esta homenagem, em retribuição a tudo aquilo que, como mãe, conseguiu passar para a formação do caráter de cada um deles.

Abel Ferreira Lopes

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